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'Salada de narrativas', afirma Ramagem sobre operação da PF
Alexandre Ramagem foi alvo de busca e apreensão em operação sobre o uso ilegal de sistema de monitoramento pela Abin, para espionar autoridades e cidadãos comuns

Alvo de mandado de busca e apreensão pela Polícia Federal nesta quinta-feira (25), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) resumiu a operação a uma "salada de narrativas". Ele deu a declaração em uma entrevista à GloboNews. Ele também é pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro. Agentes cumpriram mandados de buscas e apreensão no gabinete dele na Câmara dos Deputados e também no apartamento funcional do parlamentar, em Brasília.
“O que nós vemos é uma salada de narrativas, inclusive antigas e já superadas, para imputar negativamente, criminalmente no nome da gente sem conjunto probatório", afirmou.
Ramagem negou, ainda, ilegalidade na aquisição e uso do programa FirstMile que levou a Polícia Federal a concluir que uma “Abin paralela” atuava na agência em favor de interesses da família do então presidente Jair Bolsonaro. “Trata-se de um sistema comprado legalmente pela Abin e utilizado exclusivamente por servidores da agência. Então não existe isso de Abin paralela”, justificou.
A ação de hoje é uma continuação das investigações da operação Última Milha, que foi deflagrada em outubro do ano ado. Segundo a PF, as provas obtidas a partir das diligências executadas à época indicaram que o "grupo criminoso" criou uma estrutura paralela na Abin e utilizou ferramentas e serviços da agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático.
Na época, foi revelado que até mesmo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram monitorados ilegalmente por membros da agência. A apuração, em outubro do ano ado, identificou 33 mil os da localização telefônica dos mais diversos alvos. Desse total, 1.800 foram identificados como políticos, jornalistas e adversários do governo Bolsonaro.
Conforme as investigações, ocorreram também proveitos pessoais para interferir em apurações da PF. Os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.