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Comandante da Marinha pede para não depor em inquérito que apura suposta trama golpista
Marcos Sampaio Olsen foi indicado como testemunha pelo ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos

BRASÍLIA - O comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que seja dispensado do depoimento como testemunha do processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.
A solicitação foi feita na noite de quarta-feira (21) pela Advocacia-Geral da União (AGU), que representa Olsen. O comandante afirma que "desconhece os fatos objeto de apreciação na presente ação penal".
"O requerente informa que desconhece os fatos objeto de apreciação na presente ação penal, motivo pelo qual requer o indeferimento da sua oitiva na qualidade de testemunha", dizem os advogados no documento enviado ao STF.
Olsen foi indicado para testemunhar pelo ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos. A fala está prevista para sexta-feira (23). As audiências de testemunhas foram marcadas por Moraes há duas semanas, no dia 7 de maio.
O ministro agora determinou que a defesa de Garnier se manifeste sobre o pedido.
Olsen foi indicado pelo seu antecessor no cargo, Almir Garnier, que é um dos oito réus na ação penal, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Garnier é suspeito de ter apoiado Bolsonaro no suposto golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele também faz parte do chamado "núcleo principal" da trama golpista.
Em seu depoimento, Carlos de Almeida Baptista Júnior, que chefiava a Aeronáutica no governo ado, confirmou a acusação contra o ex-comandante da Marinha. Segundo ele, o almirante Garnier não demonstrou reação contrária e que, além dele, a única oposição foi a do então comandante do Exército, general Freire Gomes.
A defesa de Garnier acredita que Marcos Olsen, como comandante de Operações Navais em 2022, pode confirmar que não houve movimentação de tropas no fim do governo de Jair Bolsonaro para se tentar um golpe.