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Lula sobre exploração na Foz do Amazonas: ‘Governo não fará loucura ambiental’
Em evento no Amapá, presidente disse que 'ninguém pode proibir' pesquisa na margem equatorial, um dia depois de criticar ‘lenga-lenga’ do Ibama
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (13), no Amapá, que “ninguém pode proibir” a pesquisa para a exploração de petróleo na Foz do rio Amazonas, mas disse que o governo não fará “nenhuma loucura ambiental”. O petista participou de evento em Macapá (AP), ao lado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que tem pressionado pela exploração de petróleo na região.
"Ninguém pode proibir a gente de pesquisar para saber o tamanho da riqueza que a gente tem. Vamos trabalhar muito. Quero que o governador saiba, que os senadores saibam, que a gente não vai fazer nenhuma loucura ambiental, mas a gente tem que estudar, a gente tem que assumir compromisso de que a gente vai ser muito responsável", disse Lula, durante seu discurso.
"Eu acho que um dia a gente não vai precisar de combustível fóssil, mas esse dia está longe ainda. A humanidade vai precisar muito tempo. Tem gente que fala que não pode pesquisar a Margem Equatorial para saber se a gente tem petróleo", alegou o petista.
"Eu quero preservar, mas eu não posso deixar uma riqueza que a gente não sabe se tem e quanto é, a 2 mil metros de profundidade", acrescentou.
A fala aconteceu um dia após Lula criticar o Ibama por parecer contra a licença para pesquisa que vai verificar se há petróleo na chamada margem equatorial, uma faixa no litoral Norte do Brasil entre o Amapá e o Rio Grande do Norte, também conhecida como Foz do Amazonas.
“O que não dá é para ficar nesse lenga-lenga. O Ibama é um órgão de governo, parecendo é que é um órgão contra o governo”, afirmou Lula, em entrevista a uma rádio do Amapá.
A Petrobras já apresentou dois pedidos de licenciamento para pesquisar se há petróleo na Foz do Amazonas e se é viável do ponto de vista econômico a exploração comercial. Em maio de 2023, o Ibama indeferiu a licença. Posteriormente, a empresa apresentou novamente o projeto, e em outubro de 2024, o Ibama solicitou o envio de ajustes e complementações.
O Ibama informou que o pedido da Petrobras ainda está em análise pela equipe técnica do órgão e que não há prazo para uma resposta.