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Pacheco diz que sempre teve o sonho de ser governador de Minas Gerais
Ele foi questionado sobre o assunto no dia em que encerra seu mandato à frente da presidência do Senado; Davi Alcolumbre vai assumir o posto

BRASÍLIA – No dia em que encerra seu mandato à frente da presidência do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou que sempre teve o sonho de se tornar governador de Minas Gerais. Ele foi questionado sobre o assunto, na manhã deste sábado (1º), após pronunciamento de balanço dos quatro anos que ficou à frente da Casa.
“Olha, quem diz que está na política e não tem o sonho de governar o seu próprio Estado não está falando a verdade, né? Óbvio que isso é um desejo, é só um sonho de qualquer político governar o seu Estado e, evidentemente, é um sonho que eu sempre tive de ser governador do meu Estado”.
Pacheco, que também é cotado para assumir um ministério do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acrescentou que isso depende de vários fatores. “Mas se isso se concretizará ou não, se isso vai ser uma realidade ou não, isso depende de muitas variáveis, de muitas circunstâncias, e repito, o momento hoje não é dessa reflexão”.
Segundo ele, no momento, seu objetivo é concluir o ciclo à frente do Congresso Nacional e, a partir de agora, fará uma avaliação sobre o futuro. O senador mineiro aproveitou para agradecer e elogiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, nesta semana, afirmou que tem o desejo que Pacheco concorra ao governo de Minas nas eleições de 2026.
“Mas fico muito honrado de um presidente da República, como o presidente Lula, que é um grande político, um ser humano extraordinário, poder ter esse desejo e essa vontade. E, mais do que isso, externar isso a vocês, a imprensa, da forma como fez. Isso é motivo de muita alegria, de muita honra pra mim, e eu recebo essa mensagem do presidente Lula com sentimento profundo de honra e de responsabilidade”.
No entanto, o presidente do Senado sinalizou que ainda não há conversas avançadas para que ele assuma um cargo na Esplanada dos Ministérios, ao dizer que há “mais lembranças” em relação ao nome dele na imprensa do que no próprio governo.
A reforma ministerial deverá ser feita por Lula nas próximas semanas. Após a eleição para as presidências do Senado e da Câmara, ele irá se reunir com diferentes bancadas partidárias para receber demandas e definir os acertos entre as legendas.
Entre as pastas às quais Pacheco é cotado, estão os ministérios da Defesa, hoje ocupado pelo ministro José Múcio; da Justiça e Segurança, sob comando de Ricardo Lewandowski; e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, gerido pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.
Defesa da democracia
Em sua última coletiva no comando do Poder Legislativo, Rodrigo Pacheco destacou como seu principal “legado” a defesa pela democracia. Ele presidiu o Senado em períodos como os atos de 8 de janeiro de 2023, quando a Casa foi vandalizada. Além disso, Pacheco afirma que o mundo vive tempos de “obscurantismo” e “negacionismo”.
“Considero que o que deve mais nos orgulhar nesses quatro anos, a todos nós do Senado, é a defesa que o Senado fez da democracia no Brasil. A defesa da democracia foi uma tônica que fez com que o Senado se unisse em um momento de negacionismo, de ataques antidemocráticos, de negação à obviedade de que a democracia deve ser garantida no Brasil”, disse.
“Mais do que nunca, em momentos de certo obscurantismo, de muito negacionismo, momentos até estranhos que estamos vivendo no mundo, é muito importante que a política e a sociedade se unam nesse enfrentamento à antidemocracia”, completou.
Pacheco ainda fez agradecimentos ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que também se despede do cargo neste sábado (1). Ele destacou que ocorreram “divergências” entre os dois, mas que elas são “absolutamente normais” na democracia.