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Entenda os 12 projetos do Propag apresentados pelo governo de Minas
Pacote entregue à ALMG prevê venda de ativos, federalização de estatais e mudança na gestão da UEMG para renegociar dívida bilionária com a União
O governo de Minas Gerais entregou à Assembleia Legislativa (ALMG) um pacote com 12 projetos de lei e uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com o objetivo de viabilizar a adesão do Estado ao Propag (Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados com a União). O plano é uma alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e permite o uso de ativos públicos, como imóveis e estatais, para amortizar a dívida estadual, hoje estimada em R$ 165 bilhões.
O prazo final para que os Estados ingressem no Propag é 31 de dezembro de 2025, e, até lá, as propostas precisam ser aprovadas pelo Legislativo e regulamentadas.
Entenda os 12 projetos entregues
Transição de regimes: saída do RRF e entrada no Propag
1. Projeto de Lei de adesão ao Propag e saída do RRF:
Estabelece o caminho legal para Minas deixar o Regime de Recuperação Fiscal (assinado em 2023) e aderir ao Propag. Define prazos, etapas de transição, compromissos fiscais com a União e os impactos no orçamento.
Gestão de ativos e finanças públicas
2. Cessão de direitos creditórios
Autoriza o Estado a transferir para a União créditos que tem a receber, como impostos atrasados, dívidas judiciais e contratos, para abater parte da dívida.
3. Alienação de imóveis públicos
Permite a venda de imóveis pertencentes ao Estado, cuja arrecadação será usada diretamente na quitação da dívida com a União.
4. Compensação Previdenciária (Comprev)
Regulamenta o ressarcimento financeiro entre os regimes de previdência estadual e federal, quando servidores se aposentam com tempo de contribuição em ambos. Ajuda a equilibrar as contas da Previdência.
Federalização de estatais
Esses projetos abrem caminho para que estatais mineiras sejam transferidas à União como forma de abater a dívida. As estimativas de valor foram apresentadas pelo vice-governador Mateus Simões na ALMG.
5. Marco legal da federalização de estatais
Define as regras gerais para a transferência de empresas públicas mineiras à União.
6. Cemig – Companhia Energética de Minas Gerais
Regulamenta a possível federalização da empresa de energia.
Estimativa de valor: R$ 7 bilhões.
7. Copasa – Companhia de Saneamento de Minas Gerais
Estabelece os critérios legais para incluir a Copasa no processo.
Estimativa de valor: R$ 4 bilhões.
8. Codemig – Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais
Autoriza a transferência da Codemig à União.
Estimativa conjunta com a Codemge: R$ 22 bilhões.
9. Codemge – Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais
Regulamenta a possível federalização da Codemge, estatal que detém ativos importantes como participação em mineração.
Estimativa conjunta com a Codemig: R$ 22 bilhões.
10. EMC – Empresa Mineira de Comunicação
Define critérios para a federalização da empresa de comunicação oficial do Estado. O valor ainda será estimado pelo BNDES.
Educação: transferência da UEMG
11. Transferência da gestão da UEMG para a União
Permite que a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e a ser istrada pelo governo federal. A medida reduziria gastos estaduais com ensino superior, mantendo os serviços prestados.
Estimativa de até R$ 500 milhões com imóveis da UEMG.
Regras gerais e ajustes regulatórios
12. Critérios unificados e atualização de regulação
Cria uma legislação para padronizar procedimentos relacionados aos projetos do Propag e atualiza regras de setores regulados, como saneamento básico e gás natural, garantindo segurança jurídica às ações do programa.
PEC complementar: exigência de referendo popular
PEC nº 24/2023:
Complementa o pacote ao propor que a venda ou federalização de estatais só possa ocorrer com aprovação por referendo popular. A proposta já estava protocolada na ALMG.
Próximos os
Os 12 projetos de lei e a PEC seguirão para análise nas comissões temáticas da Assembleia Legislativa. Após a tramitação e eventual aprovação, o governador poderá sancionar as leis e apresentar formalmente a proposta de adesão ao Propag junto ao governo federal.