João Leite elogia fusão do PSDB com Podemos e diz que pressões da família pesaram em 2024

O ex-deputado João Leite (PSDB) elogiou as decisões da direção do PSDB que permitiram a fusão do partido com o Podemos, que pode levar ao abandono do tradicional número “45” e, inclusive, à aposentadoria do nome da legenda. 

“Os líderes estão fazendo correto - o Aécio Neves, o Paulo Abi-Ackel, nosso presidente Caiado (pré-candidato a presidente do União Brasil) - para a gente ter no máximo seis ou sete partidos no Brasil, o que já é muito. Eu estava numa Assembleia Legislativa com 28 partidos; como você faz entendimentos para o bem da população com essa quantidade de partidos”, destacou.

No auge da trajetória política do PSDB, na década de 1990, os tucanos presidiram o país por dois mandatos consecutivos, com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e elegeram três governadores em Minas Gerais: Eduardo Azeredo, Aécio Neves e Antonio Anastasia.

Sobre 2026, João Leite, que foi deputado estadual em sete legislaturas consecutivas, assumindo o cargo a primeira vez em 1995 e deixando em 2023, disse que a pressão para voltar a uma disputa nas urnas é grande, mas que a opinião da família ainda é um obstáculo. Ele lembrou as eleições de 2024, para a prefeitura de Belo Horizonte, quando chegou a aparecer entre os primeiros colocados em algumas pesquisas de opinião, mas acabou abrindo mão da disputa.

“Estou recebendo uma grande pressão, mas eu tenho que convencer minha família”, destacou. “Para a prefeitura, saiu uma pesquisa do Tempo, mostrando que eu estava embolado, na frente; cheguei em casa feliz com o resultado, falei com minha filha e ela disse que lá (em casa) eu não teria nenhum voto (para candidatar). É uma disputa grande”, brincou. 

O parlamentar, no entanto, reforçou que tem um compromisso com Minas Gerais e com a história que construiu no parlamento mineiro e que isso também precisa ser considerado ao definir caminhos no próximo ano.