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Pré-candidato à presidência, Zema promete visita a El Salvador
O governador exaltou políticas de segurança pública do salvadorenho Nayib Bukele, já elogiadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
Pré-candidato à presidência da República em 2026, o governador Romeu Zema (Novo) planeja uma visita a El Salvador para conhecer as políticas de segurança pública do presidente Nayib Bukele. Ao criticar a proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a área, o governador elogiou a queda dos índices de criminalidade no país da América Central, que vive sob um regime de exceção há três anos, desde 2022.
Sem detalhar a data, Zema afirmou que quer conhecer o programa de combate ao crime organizado “talvez mais bem sucedido da história da humanidade”. “A criminalidade em El Salvador caiu 98% em quatro anos com uma medida muito simples: bandido preso e não bandido na rua”, apontou o governador, em entrevista ao programa Arena Oeste, nessa quinta-feira (22 de maio). Segundo ele, a viagem será ao lado do secretário de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco.
Zema desconversou se a viagem a El Salvador seria parte dos planos de se candidatar à presidência da República. “Quem deveria ir, na minha opinião, é quem é presidente, para ver um dos casos de sucesso mais bem executados do mundo. É um país da América Central, hoje, com níveis de homicídio inferiores aos países europeus. Era um dos mais violentos. Saiu do mais violento para o menos violento. Ação do Estado”, apontou o governador.
O pré-candidato à presidência ainda acusou o governo Lula de “dar o mesmo remédio para todo mundo” com a PEC da Segurança Pública. “Não sei se tem remédio tão milagroso assim no mundo. Sou favorável a ter essa diversidade (de legislações penais). Por que nós temos Estados com índices de violência tão discrepantes? Muitas vezes está ligado ao partido que governa o Estado. Olha os Estados do PT: é onde a criminalidade é maior”, insinuou.
Antes de elogiar El Salvador, Zema publicou, no Instagram, um vídeo em que diz que, no Brasil, os “criminosos muitas vezes estão dentro do governo” e, portanto, o governo “não resolve de vez o problema”. “É por isso que o Estado brasileiro decidiu não combater o crime e é isso o que a gente tem de mudar em primeiro lugar”, afirmou o governador, que aparece com uma camiseta com as palavras “polícia” e “justiça”.
Exaltado por Zema, Bukele também é elogiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cujo espólio eleitoral é disputado por pré-candidatos à presidência, como, por exemplo, o próprio governador de Minas Gerais e os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). Em entrevista à Rádio 93 FM Gospel em março, Bolsonaro citou que, caso fosse novamente eleito, faria “algo semelhante a El Salvador”.
Entretanto, as políticas de segurança pública de Bukele, que está à frente de El Salvador desde 2019, são criticadas por organismos internacionais, que acusam o presidente de violar os direitos humanos. Em junho de 2022, a Anistia Internacional apontou, por exemplo, “milhares de detenções arbitrárias”, “violações do devido processo legal”, “tortura e maus-tratos” e ao menos 18 mortes “sob custódia do Estado”.