Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith está de volta ao cinema. Escrita, produzida e dirigida por George Lucas, a conclusão da trilogia prequel retorna à telona para comemorar os 20 anos de seu lançamento.
Após anos sendo tratados como a ruína da franquia, os episódios I, II e III agora se beneficiam de um grande ativo que seus antecessores tiveram: uma fanbase que conheceu Star Wars por meio desses filmes e cresceu tendo enorme carinho por eles.
O relançamento de A Vingança dos Sith chega em um momento de forte nostalgia — marca registrada da geração millenial — e desperta a chance de reviver uma das experiências que definiu para sempre essa leva de fãs.
Inclusive este que vos fala.
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O Episódio III é curioso em sua construção, pois carregava o peso de inúmeros problemas:
A conclusão precisava reconquistar os fãs e responder às grandes perguntas da saga: como a República virou o Império Galáctico? O que aconteceu com a Ordem Jedi? Qual a origem de Luke e Leia? E, talvez a mais aguardada: como Anakin Skywalker se corrompeu e virou Darth Vader?
É visível o esforço de Lucas em corrigir o curso. A Vingança dos Sith reduz o espaço para personagens caricatos, romances mornos e debates sobre economia galáctica. Em vez disso, adota um tom mais sério e dramático, com cenas de ação bem construídas e um foco maior no conflito interno dos personagens.
Em apenas 140 minutos, o filme constrói seus três atos de maneira a recuperar o tempo perdido.
A introdução corrige a imagem do Anakin rebelde e mimado. A sequência inicial já o coloca à prova como piloto, cavaleiro Jedi e general de guerra. Skywalker agora é um estrategista que segue o código, respeita Obi-Wan (Ewan McGregor) e protege seus aliados.
Sem perder tempo, o longa já mergulha na desconstrução do herói. Premonições aterradoras sobre a morte de sua amada e a desconfiança em relação à Ordem Jedi abalam sua mente.
Palpatine (Ian McDiarmid) torna-se o catalisador da queda de Anakin. Com manipulação sutil, o chanceler planta dúvidas sobre a lealdade dos Jedi e seduz o jovem com promessas de poder e segurança. No momento decisivo, Skywalker escolhe o lado sombrio e se entrega ao seu novo mestre, Darth Sidious.
O segundo ato é selado por uma das cenas mais dolorosas da franquia: a execução da Ordem 66. Vemos Jedi sendo traídos e assassinados por seus próprios soldados, em um dos momentos mais trágicos de Star Wars.