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Zema pretende arrecadar até R$ 15 bi em venda de subsidiárias da Cemig em 2021
Em relação à Codemig, Zema diz que, apesar da autorização para vender até 49% das participações da empresa, “ninguém quer ser sócio de um Estado que a controla

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que pretende vender subsidiárias da Companhia elétrica de Minas Gerais (Cemig) no primeiro semestre de 2021 e espera arrecadar para os cofres da estatal algo entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões. Há expectativa, também, de vender os 49% de participação permitidos da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).
Contudo, Zema garante que empresários não estão interessados em participar de uma co-gestão com o Estado sem o poder de “darem as cartas. As declarações foram feitas em entrevista ao programa “Café com Política”, da Rádio Super FM 91,7, do corpo editorial de O TEMPO, na manhã desta quinta-feira (10).
'Nós vamos estar vendendo a participação que a Cemig tem em várias subsidiárias já agora no primeiro semestre de 2021'. Em entrevista ao Café com Política, o governador de Minas, @RomeuZema, fala de seus planos para a Cemig. Confira! #zema pic.twitter.com/kmd7upciWG
— O Tempo (@otempo) December 10, 2020
“Vamos estar vendendo a participação que a Cemig tem em várias subsidiarias no primeiro semestre de 2021, e isso vai possibilitar que a empresa faça investimento imprescindíveis (para o Estado). Estamos deixando de produzir alimentos, de exportar e de gerar empregos porque temos uma empresa que não consegue investir volume suficiente para atender a demanda”, afirmou o chefe do Executivo estadual.
A desvinculação parcial da Cemig com o Estado, argumenta Zema, pode aumentar o interesse de investidores em Minas. O governador alegou que muitos empreendimentos de energia limpa, em especial a fotovoltaica, não foram realizados no Estado “porque a Cemig não tem capacidade de conectar novas usinas no sistema”.
Confira a entrevista completa
“Fica claro que temos um sistema elétrico que não atende nem quem consome, nem quem quer gerar (energia). Culpa da Cemig? Não. Culpa do modelo (de gestão) que adotamos, no qual um Estado falido controla a empresa e não tem recursos para poder apostar (nela), nem sequer tem condições de pagar a folha de pagamento (do funcionalismo público) em dia”, defendeu.
As alternativas, elencou o governador, são duas. A primeira é “continuar como estamos” o que, segundo ele, “vai impossibilitar o desenvolvimento do Estado” e, a segunda, é “a empresa receber aportes”.
“Não queremo nem vender o que o Estado tem (da Cemig), nós queremos é que a empresa receba tipo, R$ 10 bilhões, ou R$ 15 bilhões, diminuir a participação do estado e mudar o patamar da empresa. Com isso, conseguir um atendimento muito melhor para o povo mineiro”, continuou.
Em relação à Codemig, Zema diz que, apesar da autorização concedida pelo Legislativo mineiro de vender até 49% das participações da empresa à iniciativa privada, “ninguém quer ser sócio” de um Estado que a controla.
“Quem quer entrar numa sociedade com o Estado que ter condições de dar as cartas. Porque o Estado, sabemos, hoje está bem gerido, amanhã pode estar sujeito a diversas pressões e (pode) acontecer o que aconteceu com a Cemig”, concluiu.