Torcer e cobrir o Clube Atlético Mineiro é uma aventura indescritível. Que clube imprevisível! Quando parece que vai, num vai. Quando você tem certeza que num dá, acaba que dá. Que loucura! Nesse domingo, contra o até então melhor mandante do Brasileirão, o cenário era de derrota. O resultado? Uma vitória com direito a golaço de Ronielson.
Eu aposto que 80% da torcida do Galo gritou um “nãaaaooo” quando o Rony armou o chute. Qual era a chance? Pois é, esse negócio de probabilidade, com a gente, não funciona muito. Ele ensaiou duas vezes e, na terceira, acertou na mosca. Nem se o goleirão jogasse a luva. O Rony é isso: tá longe de ser craque, mas é muito útil. Vai fazer raiva às vezes? Sim. Vai ser o herói de vez em quando? Também. Todo time tem um cara assim.
Não foi uma atuação maravilhosa ou perfeita, longe disso, mas entendi a estratégia de Cuca. Travou o jogo no primeiro tempo, esfriando o clima do Castelão lotado com os três zagueiros e um time mais seguro. No segundo tempo, usou Hulk descansado pra fazer o Galo ganhar força ofensiva e chegar ao gol. Não foi com o super-herói, mas vale o mesmo tanto.
Na minha projeção pra esses dois jogos de junho, a meta era três pontos (contra o Inter, claro). Já que os três vieram em Fortaleza, vamos dobrar a meta e buscar os seis. Aliás, dos últimos 21 na Série A, levamos 15. Nada mal, né? Sendo bem sincero, o resultado desse recorte é muito melhor do que eu projetei. Da zona de rebaixamento, saímos direto pro pelotão de cima e, hoje, estamos a um ponto da zona de pré-Libertadores.
Considerando o elenco curto, os desfalques, os problemas físicos e todas as nossas dificuldades, tá bom demais. Aquela segunda posição no grupo da Sul-Americana ainda não me desceu, mas paciência. Vamos lidar com ela e buscar a classificação nos playoffs (papo pra outra hora).
Que venha o descanso de 10 dias (estávamos precisando) e, depois, que venha o Inter. O dia dos namorados é uma data propícia pra gente fazer as pazes com o Galo e, quem sabe, sair pro recesso em lua de mel - ou, pelo menos, com os votos do casamento renovados. Na alegria e na tristeza, na vitória sobre o Vozão ou no empate com o Cienciano.
Saudações.