Ex-jogador de Carlo Ancelotti no PSG, Maxwell elogiou a chegada do treinador italiano na Seleção Brasileira. Em entrevista exclusiva ao Lance!, o brasileiro também contou o principal "segredo" do comandante para uma carreira de sucesso.
Maxwell afirmou que a chegada de Ancelotti na Seleção Brasileira acontece em um momento chave após diversas mudanças na comissão técnica. Além disso, o ex-jogador deu uma pista de que esse pode ser o último trabalho do italiano e que existe a chance do comandante encerrar a carreira após a Copa do Mundo de 2026.
- Todos nós que jogamos com ele e tivemos a oportunidade de conviver, estamos muito felizes pela escolha do Ancelotti. A Seleção Brasileira tem ado por momentos muito difíceis. Mudanças de gerações de jogadores, de comissões técnicas. Precisa de um pouco de calma, de estabilidade emocional. E não tem ninguém melhor do que ele. É uma pessoa que pode dar essa estabilidade. Como treinador, não tenho o que falar sobre o que ele pode levar como característica tática, organização defensiva, ofensiva, a maneira como ele quer que a equipe jogue. Mas o que ele mais pode dar é essa estabilidade emocional, de uma pessoa que conhece a cultura de um brasileiro, que conhece as equipes europeias. Foi jogador, sabe conversar com o atleta. Todos nós torcemos para que tudo dê certo, mas também espero que ele conquiste mais esse título na carreira, que vai fechar com chave de ouro caso ele decida parar.
No PSG, Maxwell atuou por 63 partidas sob comando de Carlo Ancelotti entre janeiro de 2012 e junho de 2013. O ex-lateral abriu o jogo não apenas sobre sua relação com o treinador, mas também sobre o ambiente que o comandante conseguia criar no elenco.
- Dificilmente tinha algum jogador que não gostava dele. Normalmente tem algum jogador que joga menos ou mais e gosta menos ou mais dependendo da participação. No caso dele, nunca vi um jogador insatisfeito com ele a nível pessoal. A gente foca nos brasileiros, mas é uma pessoa que sabe istrar a personalidade de cada atleta do elenco. Nesse elenco do Brasil, onde tem atletas competitivos, titulares em suas equipes, é uma pessoa capaz de encontrar uma solução para que todos se deem bem, se sintam confortáveis de jogar, com confiança. A relação que a gente teve é de uma pessoa que tem um carisma enorme, sabe respeitar o espaço, tem autoridade quando precisa. É uma pessoa irada por nós e que levava o melhor de cada um pra dentro de campo.
Atualmente, Maxwell trabalha com representação de jogadores, mas comentou sobre ter recebido convite ou não para trabalhar com Ancelotti na Seleção Brasileira. O brasileiro revelou manter contato com o italiano, mas esclareceu as especulações.
- Não teve. Obviamente, a gente sempre conversa com os treinadores. Tenho uma boa relação com todos que me treinaram. Já conversamos sobre esse momento em que ele está assumindo a Seleção, mas a Seleção tem pessoas capacitadas, que a gente respeita muito e esperamos que, junto com ele, consigam o êxito maior. Mas eu não fui convidado oficialmente por ninguém.
Embora Carlo Ancelotti tenha sido anunciado, a comissão que rodeará o italiano não está 100% fechada. No dia 26 de maio, o comandante anunciará pela primeira vez a lista de convocados da Seleção Brasileira para os jogos contra Equador e Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.