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Governo aguarda 'decisões concretas' de Trump para se manifestar sobre 'tarifaço', diz Haddad
Trump antecipou que Estados Unidos cobrará tarifa de 25% sobre importação de aço e alumínio; taxas impactarão indústria brasileira
BRASÍLIA — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aguarda 'medidas concretas' do presidente norte-americano Donald Trump sobre aumento de tarifas sobre a importação de aço e alumínio para manifestar a posição do governo brasileiro, segundo declarou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta segunda-feira (10).
Nesse domingo (9), Trump antecipou um 'tarifaço' que poderá impactar negativamente a indústria brasileira.
“O governo tomou a decisão de só se manifestar oportunamente com base em decisões concretas, não em anúncios que podem ser mal-interpretados e revistos”, disse Haddad. “Vamos aguardar uma orientação do presidente da República depois que as medidas forem efetivamente implementadas”, acrescentou.
O início do mandato de Trump é marcado por ameaças de aumento de tarifas para importação de produtos para os Estados Unidos. Os primeiros alvos do presidente norte-americano foram Canadá e México.
Inicialmente, Trump impôs tarifas de 25% sobre os produtos, mas acabou concedendo um adiamento de 30 dias para implementar a cobrança. As importações chinesas também serão afetadas, e para os produtos desse país Trump impôs uma cobrança de 10%.
Nesse domingo, ele indicou que publicará, nesta segunda-feira, um anúncio com tarifas de 25% sobre alumínio e aço importados. O Brasil é um dos principais mercados de distribuição desses produtos para os Estados Unidos.
“[O tarifaço] não vai afetar todos os países porque há alguns com os quais temos tarifas similares. Mas, com aqueles que estão tirando vantagem dos Estados Unidos, teremos reciprocidade”, declarou.
O Ministério da Indústria, cujo titular é o vice-presidente Geraldo Alckmin, afirmou que não irá se manifestar sobre o assunto. A posição da pasta respeita a diretriz adotada pelo governo Lula em relação à istração de Donald Trump. A ordem do Palácio do Planalto é ter cautela — como reforçou Haddad.
O ministro também negou que a taxação das empresas de tecnologia — 'big techs' — esteja condicionada à cobrança de tarifas sobre produtos brasileiros. "Para não deixar dúvida, não é correta a informação de que o governo Lula deve taxar empresas de tecnologia se o governo dos Estados Unidos imp tarifas ao Brasil", publicou no X.
A regulamentação e a taxação das big techs são pautas discutidas no âmbito do Executivo, que, no ano ado, antecipou que irá remetê-las ao Congresso Nacional.