BRASÍLIA - O vice-presidente da República e ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira (4) que o aumento na taxa de importação do aço, determinada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai encarecer os produtos no mundo todo.  

“Em relação ao aço, primeiro dizer que a medida que os Estados Unidos, o presidente tomou ontem, aumentando o imposto de importação de 25% para 50% não foi só para o Brasil, foi para o mundo inteiro. Então não é ruim para o Brasil, é ruim para todo mundo, que você vai encarecer os produtos. E no caso do aço, há uma complementariedade econômica”, disse a jornalistas. 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na terça-feira (3) decreto que dobra as tarifas de importação sobre aço e alumínio, elevando-as de 25% para 50%. O Brasil é o segundo maior fornecedor dos metais ao mercado norte-americano.

Alckmin repetiu que o “único caminho é o diálogo” e destacou que o Brasil não é problema comercial para os Estados Unidos, porque os dois países têm uma balança comercial equilibrada. 

“O caminho é incentivar ainda mais o diálogo. Foi criado um grupo de trabalho pelo lado do Brasil, formado pelo Ministério da Indústria e pelo Ministério de Relações Exteriores. Pelo lado americano, o USTR [United States Trade Representative]", afirmou. 

"Então já tivemos reuniões presenciais e por videoconferência e vamos aprofundar esse diálogo e destacar que o Brasil não é problema para os Estados Unidos, porque dos 10 produtos que eles mais exportam para nós, de oito a tarifa de importação é zero”. 

Com a viagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a França, Alckmin é o presidente em exercício e participou nesta quarta-feira da inauguração do Parque Solar Arinos - Newave Energia, em Arinos, em Minas Gerais, que é o maior Estado exportador de aço do Brasil.