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Reembolso de descontos do INSS deve custar até R$ 2 bilhões, diz Haddad
Devolução do dinheiro começa nesta segunda-feira (26); AGU espera que recursos venha das próprias associações que cometeram ilegalidades
BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o ressarcimento dos aposentadoria e pensionistas lesados pelo esquema de descontos ilegais nas mensalidades do INSS deve ter um custo de até R$ 2 bilhões.
Em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta segunda-feira (26), o ministro ponderou que o valor ainda é uma estimativa, pois o processo de reconhecimento dos desvios pelos segurados do INSS ainda está em andamento.
“Até pelo número de reclamantes, fizemos umas ponderações e chegamos a uma conta. Eu acredito que vai dar entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões”, disse.
O montante citado por Haddad representa cerca de um terço de todos os descontos praticados pelas entidades associativas de março de 2020 a abril de 2025: R$ 5,9 bilhões, segundo a Controladoria-Geral da União (CGU).
Até a última sexta-feira (26), nos dez primeiros dias de consulta dos descontos associativos, mais de 2 milhões de pessoas afirmaram não reconhecer os valores descontados de suas mensalidades, enquanto apenas 46 mil disseram autorizar. Todas as 41 entidades tiveram valores contestados pelos usuários.
As consultas por aposentados podem ser feitas pelo aplicativo Meu INSS e pelo telefone 135. A partir da próxima sexta-feira (30), também será possível o atendimento presencial em agências dos Correios, mas apenas para quem ainda não realizou a consulta por aplicativo ou telefone.
Após ter sido deflagrada a operação da Polícia Federal (PF) que desvendou o escândalo, a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou uma ação de bloqueio de bens de 12 associações e seus dirigentes. A AGU espera que os recursos sejam direcionados para o reembolso dos aposentados.
Recuo no IOF
Também nesta segunda-feira (26), após participar de um evento em comemoração do Dia da Indústria, Fernando Haddad afirmou que a equipe econômica deve decidir até o final desta semana como será a compensação pela revogação do reajuste no IOF.
De acordo com o ministro, o governo pode anunciar um novo contingenciamento de despesas, após o bloqueio e congelamento de R$ 31 bilhões divulgado na última quinta-feira (22), ou tomar novas medidas para elevar a arrecadação.
A revisão da medida — que ele classificou como 'correção de rota' — garantiu que as aplicações de investimentos de fundos brasileiros no exterior continuem isentas, e as remessas de pessoas físicas para o exterior permaneçam com a alíquota de 1,1% por operação.