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‘Estamos na reta final’, diz Haddad sobre plano para cortar gastos do governo
Ministro se reúne nesta segunda-feira (4) com Lula para avançar nas discussões; tema virou prioridade após alta do dólar
BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo federal está “na reta final” da elaboração de um pacote de medidas para cortar despesas da União. Uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na tarde desta segunda-feira (4) deve avançar no tema.
“Como as coisas estão muito adiantadas do ponto de vista técnico, acredito que estejamos prontos nessa semana para anunciar. [...] O presidente ou o fim de semana trabalhando no assunto, pediu que técnicos viessem a Brasília para apresentar detalhes a ele. Penso que estamos na reta final”, disse o ministro.
O tema ou a ser urgente no governo após a última sexta-feira (1), quando o dólar chegou a R$ 5,87, o maior valor nominal desde maio de 2020. Um dos fatores apontados pelo mercado financeiro é a desconfiança com o equilíbrio das contas públicas do governo.
A situação fez Haddad cancelar uma viagem que faria nesta segunda-feira à Europa, para se encontrar com investidores. A pedido de Lula, o ministro estará em Brasília ao longo da próxima semana, dedicado aos “temas domésticos”, de acordo com sua assessoria.
Entre as medidas estudadas pela equipe econômica, estão a revisão de despesas obrigatórias da União, como rees a fundos constitucionais e o limite de crescimento para algumas despesas. Benefícios como o seguro-desemprego e o abono salarial também estão na mira do governo, assim como encaixar o Fundeb, o fundo que fomenta a educação básica no país, como parte do valor dos rees para o piso da educação.
A decisão, porém, caberá a Lula, que tem pedido aos ministros da área econômica que os cortes não resultem em “retirada de direitos”. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, tem dito que os cortes devem atingir políticas públicas consideradas ineficientes.
No entanto, o pacote pode encontrar resistências em setores do PT, contrários a uma revisão de critérios para pisos constitucionais e de benefícios sociais. Além disso, algumas das medidas são consideradas impopulares, principalmente se atingirem benefícios sociais.