Transformação digital
Por que algumas empresas ainda ficam para trás?
A transformação digital tem sido um mantra no mundo dos negócios.
No entanto, apesar de sua adoção generalizada, muitas empresas ainda lutam para se adaptar e colher os benefícios prometidos.
Por que, em uma era onde a tecnologia avança a os largos, algumas organizações ainda se encontram defasadas?
Enquanto algumas empresas navegam com sucesso pelas águas turbulentas da transformação digital, outras parecem estar ancoradas no porto da hesitação.
E o efeito disso pode ser um verdadeiro tsunami.
A diferença muitas vezes reside na capacidade de abraçar a mudança não apenas em tecnologia, mas em cultura.
Ou seja, a transformação digital não é apenas sobre a implementação de novas ferramentas, certo?
Uma pesquisa recente da McKinsey revela que um quarto das empresas envolvidas relatam que seu maior desafio é possuir uma cultura organizacional contrária ao risco e à experiência.
Além disso, 20% das empresas acreditam que a falta de entendimento da cultura da empresa é um impedimento para a evolução digital.
Ela é, também, a redefinição de processos e a mentalidade dos colaboradores.
Contudo, para aprofundar esse ponto, precisamos pensar sobre um quesito essencial: a resistência à mudança é um fenômeno humano natural.
Ou seja, no contexto empresarial, isso se manifesta como um apego a sistemas legados e uma relutância em abandonar práticas consagradas.
Além disso, a falta de liderança visionária e a ausência de uma cultura organizacional que valorize a inovação contínua são barreiras significativas.
Contudo, de nada adianta falarmos sobre isso sem citarmos a ética.
Dentro dos parâmetros que a transformação digital deveria trazer a todas as empresas, a ética não é o cumprimento de regulamentos.
Ela vai além.
E digo isso com a seguinte certeza: quando construímos uma base de confiança com os stakeholders, por exemplo, nós garantimos que a tecnologia seja usada para promover transparência e justiça.
Contudo, quando voltamos os olhos para a realidade do mercado, percebemos o seguinte: as empresas que negligenciam os princípios éticos podem se encontrar em crises de reputação que nenhum avanço tecnológico pode remediar.
Entendeu como isso faz diferença para aquelas que conseguiram e para aquelas que não se encontraram em meio às mudanças?
A transformação digital é mais do que uma opção: é um imperativo estratégico.
As empresas que continuam a enfrentar desafios nessa jornada precisam reavaliar suas estratégias e abordagens.
Dentro de todos os parâmetros, é completamente previsível entendê-los a partir do ponto de vista estratégico, mas, na prática, a realidade é outra.
E nós precisamos entender isso de uma vez por todas.
Pois a chave para o sucesso não está apenas na adoção de novas tecnologias, mas na capacidade de cultivar uma cultura que abrace a mudança, valorize a ética e promova a inovação contínua.
Vamos em frente!
(*) Danilo Vacari é diretor executivo e conselheiro consultivo e membro do Open Mind Brazil