OPEN MIND BRAZIL

Promessas de final de ano

O que estamos deixando para trás?

Por Lúcio Jr. *
Publicado em 18 de dezembro de 2024 | 07:00

Chega o final do ano e, com ele, as famosas promessas. É nesse momento que fazemos uma pausa para recapitular os últimos 12 meses, percebendo, muitas vezes, que deixamos a nós mesmos por último. amos o ano inteiro cuidando das demandas da empresa onde trabalhamos, dos interesses dos outros, e esquecemos de algo essencial: nós mesmos.

É daí que surgem as promessas de final de ano. Prometemos cuidar mais da saúde, dedicar tempo para nossa evolução profissional, investir em relacionamentos e construir uma rede de contatos que nos traga novas oportunidades. Planejamos nos tornar mais visíveis, desenvolver nossa marca pessoal e finalmente tirar os projetos do papel. Mas, muitas vezes, essas promessas ficam apenas nisso: palavras que se perdem no esquecimento ao longo do próximo ano.

Isso acontece porque deixamos de ser coerentes com nossas próprias decisões. O que estamos realmente construindo? Para onde estamos caminhando? Essas perguntas deveriam nos guiar ao longo do ano, mas acabam sendo adiadas para o próximo ciclo. E, assim, a necessidade de um planejamento de longo prazo e decisões estratégicas fica esquecida em meio às rotinas urgentes.

Networking é um exemplo clássico de promessa de final de ano. Prometemos nos conectar mais com o mercado, expandir nossa rede de contatos e fortalecer nossa presença. Sabemos que essas relações são fundamentais para impulsionar nossa carreira, mas acabamos relegando essa tarefa a segundo plano. Só que o networking não pode ser tratado como algo ageiro ou improvisado. Ele precisa ser parte de uma estratégia consciente e contínua.

Mais do que prometer, precisamos entender que cuidar de nós mesmos deve ser algo sagrado. Construir uma marca pessoal, planejar os próximos os da carreira e investir no nosso desenvolvimento não pode ser uma resolução temporária. São pilares que sustentam onde queremos chegar e que precisam ser trabalhados com consistência.

Portanto, em vez de apenas criar promessas para o próximo ano, o convite é para iniciar agora o processo de ser mais coerente com o que queremos para nós. Não se trata de eliminar as resoluções de fim de ano, mas de garantir que elas sejam ancoradas em ações práticas e conscientes.

Porque, no final das contas, o que deixamos de construir hoje pode ser exatamente o que nos fará falta amanhã.

Lúcio Jr é CEO do Open Mind Brazil