Vôlei masculino do Praia Clube celebra trabalho bem feito após vaga no Mundial de Clubes
No início do projeto, o elenco contou com atletas da base do Sada Cruzeiro em parceria de sucesso
Da Superliga C ao Mundial de Clubes em pouco mais de três anos, a ascensão meteórica do vôlei masculino do Praia Clube é um “case de sucesso”. É isso que acredita Guto Braga, ex-presidente do clube de Uberlândia e um dos principais idealizadores do projeto.
Em março deste ano, menos de meia década após a criação do projeto, o elenco liderado pelo técnico Fabiano Magoo venceu o Monteros, da Argentina, pela semifinal do campeonato Sul-Americano de Clubes e conquistou não só a vaga na final, mas também uma para o Mundial de Clubes de 2025. O segundo consecutivo. Para Guto Braga, a conquista mostra a solidificação de um trabalho que começou em 2021.
“Quatro anos atrás, o Praia só tinha só vôlei feminino, que já era um dos maiores do país. Nós nunca tivemos uma estrutura de vôlei masculino no clube, nem para categoria de base. Então, surgiu a oportunidade com o Sada Cruzeiro, em 2021, de pegarmos os garotos da categoria de base (meninos de 17 e 18 anos) para tentarmos iniciar um projeto no vôlei masculino”, explicou Braga, que também brincou que o plano inicial “não deu certo”.
“Disputamos a Superliga C, fomos campeões, e na Superliga B pensamos que talvez em três anos a gente subiria para a Superliga A. Deu tudo errado (risos), porque fomos vice-campeões e conquistamos o o”, contou.
Primeiros os na elite do vôlei nacional
Na temporada anterior (23/24), o Praia Clube disputou a Superliga como Araguari Vôlei e se classificou para os playoffs pela primeira vez, em sexto lugar. O elenco ficou muito perto de avançar à semifinal, mas acabou superado pelo Sesi Bauru, que eventualmente foi campeão, na série melhor de três das quartas de final. Já em 24/25, o time foi oficialmente para Uberlândia e para o Praia Clube.
“Começamos lá em Araguari, em parceria com a Prefeitura, porque não estávamos preparados, como clube, para ter o vôlei masculino junto com o feminino. Ficamos dois anos lá, até conseguirmos estabilizar a vinda da equipe aqui para o Praia Clube. Já sediamos e disputamos o Mundial (Sabiazinho) no final do ano ado, e agora fizemos o Sul-Americano. Chegamos na final e já com a vaga garantida para o próximo Mundial”, celebrou o gestor.
Parceria com o Sada Cruzeiro foi crucial
Alguns jovens da base celeste que foram para o parceiro em um período de experiência e rodagem, como Maicon, Pietro e Guilherme Rech, seguem no time de Uberlândia, hoje como protagonistas. Na decisão do ‘Sula’, o Praia ficou muito perto de superar o próprio Sada Cruzeiro na decisão, tendo seis match points, mas acabou ficando com a medalha de prata inédita. Também muito celebrada.
“Foi um tremendo case de sucesso que começou junto com o Sada Cruzeiro. Uma grande parceria. Os dois maiores clubes do Brasil no vôlei, que é o Sada Cruzeiro e o Praia Clube, juntos, criaram mais uma equipe de sucesso. Essa história é o que as pessoas viram aqui no Sul-Americano. É o sucesso de pensar grande, de entender como fazer e trazer um resultado espetacular com um clube recém-criado, já de novo participando de um Mundial”, concluiu.
A caminho de mais um mata-mata da liga nacional
No primeiro ano com o nome de Praia Clube, o time, que conta com um elenco forte, já tem presença confirmada nos playoffs. Atualmente na quinta colocação, tem 13 vitórias em 21 jogos, com somente um restante na fase classificatória.
O oposto Franco, grande reforço na temporada, é o segundo maior pontuador da Superliga, com 420 pontos, atrás somente de Darlan (Sesi Bauru), que tem 496. No bloqueio, outro jovem atleta praiano se destaca: o central Pietro é o terceiro melhor em pontos nesse fundamento, com 49. Uma média de 2,3 por jogo.