EUA

Menino de 8 anos morre horas após contrair infecção bacteriana rara

Doença se espalhou rapidamente pelo organismo da criança, atingindo o cérebro e a medula espinhal


Publicado em 30 de maio de 2025 | 15:49

Um menino de 8 anos do estado de Indiana, nos Estados Unidos, faleceu em menos de um dia após apresentar os primeiros sintomas de uma infecção bacteriana rara e agressiva.

O caso, ocorrido em abril de 2025, foi divulgado nesta sexta-feira (30) pela emissora americana 13WMAZ. A vítima, identificada como Liam Dahlberg, não resistiu à rápida progressão da doença.

A infecção foi identificada pelos médicos como Haemophilus influenzae tipo b, conhecida como "H. influenzae" ou "Hib". Trata-se de uma infecção bacteriana potencialmente fatal, não um vírus, que se espalhou rapidamente pelo organismo da criança.

Embora exista uma vacina aplicada em bebês, a  bactéria Hib pode acometer pessoas de diferentes idades, especialmente as muito jovens ou idosas. A mãe do menino relatou a letalidade da enfermidade. "Qualquer pessoa que contraia a doença geralmente morre em 24 horas", afirmou.

O problema começou quando Liam voltou da escola com dor de cabeça. Foi apenas na manhã seguinte que sua mãe, Ashlee Dahlberg, percebeu que algo estava errado com o filho, normalmente cheio de energia. Ela o levou imediatamente ao hospital, onde foi feito o diagnóstico.

Uma ressonância magnética realizada no hospital revelou que a infecção havia se espalhado, atingindo o cérebro e a medula espinhal do menino. O tempo entre os primeiros sintomas e o falecimento foi inferior a 24 horas.

A forma de contágio não foi determinada com precisão. A infecção por Hib pode permanecer latente no nariz e na garganta de pessoas saudáveis, sendo transmitida por gotículas respiratórias.

As infecções por Hib podem se tornar invasivas e se espalhar para partes do corpo normalmente livres de germes. Pessoas com sistema imunológico enfraquecido ou que já sofrem de infecções virais são mais vulneráveis. A bactéria pode entrar na corrente sanguínea e se espalhar para os órgãos.

Ashlee Dahlberg, mãe do menino, relatou os momentos finais com o filho: "Basicamente, naquele momento, não havia nada que pudessem fazer. Eu jamais desejaria esse tipo de dor nem para o meu pior inimigo. É difícil". Ela também descreveu o momento em que os aparelhos de e à vida foram desligados: "Estava sentada ali, ouvindo os médicos dizerem: 'Vocês fizeram tudo certo, não havia nada que pudéssemos fazer. Deitada ali com ele enquanto desligavam os aparelhos de e à vida, consigo sentir seu pequeno batimento cardíaco sumir. Não há palavras que possam descrever essa dor."