EXPERIÊNCIA

Mulher fica ‘morta’ por 8 minutos e relata experiência ‘do outro lado’

A norte-americana Brianna Lafferty foi declarada clinicamente morta, mas trazida de volta à vida por uma equipe médica em um hospital no Texas


Publicado em 23 de maio de 2025 | 14:37

Uma mulher de 33 anos declarou que a morte é uma “ilusão” após ter ficado clinicamente morta por oito minutos em um hospital no Texas, Estados Unidos. Brianna Lafferty, que sofre de um distúrbio neurológico chamado distonia mioclônica, ou pela experiência de quase morte aos 25 anos, quando seu corpo “desistiu” e ela foi “trazida de volta à vida” pela equipe médica.

Durante o período em que esteve sem sinais vitais, Brianna relata ter ouvido alguém perguntar se "ela estava pronta" antes de entrar em completa escuridão. Em seguida, sentiu que sua alma se "flutuasse" acima dela.

"De repente, me separei do meu corpo físico. Não vi nem me lembrei do meu eu humano. Fiquei completamente imóvel, mas me senti plenamente viva, consciente e mais eu mesma do que nunca. Não havia dor, apenas uma profunda sensação de paz e clareza. Esse desapego da minha forma física me fez perceber o quão temporária e frágil é a nossa experiência humana. Existe uma presença, ou inteligência, superior a nós mesmos que nos guia e zela por nós com amor incondicional", relatou Brianna.

A experiência ocorreu há oito anos, quando Brianna foi declarada clinicamente morta pelos médicos que a atendiam. O episódio aconteceu em decorrência de complicações relacionadas à sua condição neurológica.

Após o ocorrido, ela precisou reaprender funções básicas como falar e andar. A experiência transformou sua visão sobre a vida e a morte, levando-a a se tornar uma guia de transição, profissional que oferece apoio a pessoas em seus momentos finais.

Brianna também descreveu outros aspectos de sua experiência durante o período em que esteve clinicamente morta. "Tudo acontece ao mesmo tempo ali, como se o tempo não existisse, mas como se houvesse uma ordem perfeita. Experimentei o início de tudo e aprendi que o nosso universo é composto por um amontoado de números. Conheci outros seres que não tenho certeza se eram humanos, mas que me pareciam familiares. Isso mudou o curso da minha vida. O que eu temia não tinha mais poder sobre mim e o que eu costumava perseguir não parecia mais importante. Voltei com um senso de missão e profunda reverência tanto pela vida quanto pela morte."

A americana ou a acreditar que "a consciência permanece viva" após o falecimento, com "o nosso próprio ser apenas se transformando". Ela também ou por uma cirurgia experimental na glândula pituitária, que havia sofrido graves danos, com resultados animadores.

"Meus pensamentos se manifestaram instantaneamente na vida após a morte. Percebi que nossos pensamentos criam uma realidade lá – só leva tempo, o que é uma bênção. Somos capazes de transformar nossa negatividade em positividade, transformando isso em realidade. Sinto-me empoderada e confio nos acontecimentos da vida, especialmente nos difíceis. Olhando para trás, tudo é tão claro quanto ao motivo pelo qual sofri com doenças e outras lutas difíceis. Há a consciência de que tudo realmente acontece por um motivo, pois sigo o fluxo e não fico com raiva ou chateada quando coisas ruins acontecem", afirmou.

Apesar da transformação positiva em sua vida, Brianna ite ter receios. "Estou com um pouco de medo de ter outra experiência de quase morte, só porque a recuperação é difícil".

Sobre seu trabalho atual, ela explica: "Como guia de transição, eu ofereço uma gama abrangente e comiva de serviços projetados para apoiar indivíduos e suas famílias nas transições profundas e muitas vezes desafiadoras que acompanham o fim da vida, doenças crônicas e o crescimento espiritual."