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Governo Trump semeia dúvidas sobre vacinas no recente relatório de saúde
O secretário de Saúde americano, Robert F. Kennedy Jr., conhecido por sua postura antivacina
O governo de Donald Trump revelou um relatório sobre as doenças crônicas que afetaram os jovens nos Estados Unidos, no qual aponta para a possível responsabilidade dos alimentos ultraprocessados, de pesticidas e até telas, enquanto lança dúvidas sobre as vacinas.
Esta publicação gerou expectativa entre os profissionais de saúde devido à complexidade do assunto, em particular pelo papel central do secretário de Saúde americano, Robert F. Kennedy Jr., conhecido por sua postura antivacina.
Kennedy há muito tempo alerta sobre um aumento de doenças crônicas em crianças que são atribuídas a alimentos ultraprocessados, às toxinas ambientais e a um estilo de vida sedentário.
Seus críticos, no entanto, dizem que ele minimiza o perigo das doenças infecciosas, ao mesmo tempo em que as próprias políticas do presidente Trump frequentemente enfraquecem os objetivos declarados de Kennedy.
O documento de 68 páginas publicado nesta quinta-feira (22) amplia essas preocupações, mas também ataca o regime de vacinação infantil dos Estados Unidos, e ainda retoma uma ligação desacreditada com doenças crônicas.
Desde que assumiu a carga, Kennedy tentou aos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) que investigassem as causas do autismo, um distúrbio que há muito tempo foi falsamente associado à vacina contra sarampo, caxumba e rubéola (MMR).
As referências do relatório às doenças crônicas parecem fazer alusão à mesma teoria, desacreditada por diversos estudos desde que uma ideia surgiu pela primeira vez em um documento do final da década de 1990 baseado em dados falsificados.
Também denuncia a medicação excessiva das crianças, ao citar o aumento das prescrições de medicamentos psiquiátricos e antibióticos, e acusa as empresas de distorcerem a pesquisa científica.
Algumas das metas de Kennedy têm apoio bipartidário, como as posturas contra os alimentos ultraprocessados, diante do aumento contínuo da obesidade infantil nos Estados Unidos.
Porém, a istração Trump reduziu significativamente os fundos destinados a pesquisas para melhorar a dieta dos americanos.
Além disso, classifica como uma ameaça grave os "produtos químicos eternos" encontrados em utensílios de cozinha, tecidos e espumas contra incêndios, apesar de, na semana ada, o governo ter relaxado os limites desses mesmos contaminantes na água potável.