O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender nesta quarta-feira (7) os empresários alvo de uma operação por supostamente planejarem um golpe de Estado caso o candidato não seja reeleito.
“Hoje estive com empresários acusados de golpistas, pelo amor de Deus, não tiveram nada mais do que sua privacidade violada”, disse Bolsonaro à tarde, durante discurso na praia de Copacabana (RJ) a apoiadores.
Antes do desfile militar em comemoração ao Bicentenário da Independência, Bolsonaro fez um café da manhã com ministros, aliados e alguns empresários. O encontro, criticado, aconteceu no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente em Brasília (DF). Na ocasião, ele alertou sobre o risco de "a história repetir". “Seguramente amos por momentos difíceis, a história nos mostra: 22, 35, 64, 16 e 18. Agora em 22. A história pode repetir. O bem vencendo o mal”, afirmou.
Depois, já em agenda no Rio e focado nas eleições, o presidente falou em liberdade de expressão e acenou para seus apoiadores: “Queremos que os empresários e que vocês tenham liberdade para decidir o seu futuro.”
A operação contra empresários aconteceu no final do mês de agosto e foi autorizada por Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), frequentemente criticado pelo presidente.
Dois dias depois da medida, o presidente afirmou que há “escalada contra a liberdade”. Dos oito empresários alvo da busca e apreensão, o mandatário disse conhecer dois “muito bem”. “Trocam informações no 'zap' comigo", afirmou à época em sua live semanal.
Um deles é o empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan. Ele acompanhou o desfile militar e esteve ao lado do presidente em alguns momentos. O palanque também foi ocupado pelo presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.
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