Investigação

Alvo de operação da PF, Luciano Hang diz que nunca falou em golpe

Dono da Havan é um dos alvos de investigação contra empresários bolsonaristas com falas antidemocráticas


Publicado em 23 de agosto de 2022 | 10:57

O empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, se manifestou na manhã desta terça-feira (23) após ser um dos alvos de uma operação que mira empresários bolsonaristas que discutiram um golpe de Estado em um grupo de WhatsApp. Segundo Hang, conhecido como Véio da Havan, ele nunca tratou de golpe de Estado e sempre defendeu a democracia.

Além dele, são alvos da ação da PF: José Isaac Peres (rede de shopping Multiplan), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), André Tissot (Grupo Serra), Meyer Nirgri (Tecnisa), Marco Aurélio Raimundo (Mormai) e Afrânio Barreira (Coco Bambu).

As buscas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os mandados estão sendo cumpridos nesta terça-feira (23) em cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.

“Sigo tranquilo, pois estou ao lado da verdade e com a consciência limpa. Desde que me tornei ativista político prego a democracia e a liberdade de pensamento e expressão, para que tenhamos um país mais justo e livre para todos os brasileiros", afirmou Luciano Hang.

O dono da Havan afirma que participa de um grupo de 250 empresários de diversas correntes e que cada um tem seu ponto de vista. "Que eu saiba, no Brasil, ainda não existe crime de pensamento e opinião. Em minhas mensagens em um grupo fechado de WhatsApp está claro que eu NUNCA, em momento algum falei sobre Golpe ou sobre STF", disse Luciano Hang, que ainda criticou a reportagem feita pelo jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, que revelou os ataques ao sistema democrático.

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