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Com menos de um servidor por favela, trabalhadores da Urbel protestam por valorização em BH
Categoria cobra reajuste de 10% e reforço no quadro funcional; além disso, diz atuar sob risco crescente em áreas de vulnerabilidade
Servidores da Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel) protestam por valorização salarial e pela realização de concursos públicos. A categoria cobra uma recomposição de 10%, com base nos reajustes concedidos recentemente aos servidores da Câmara Municipal, além de pleitear a equiparação do valor do vale-alimentação, elevado para R$ 2,2 mil por mês.
Segundo os trabalhadores, que representam cerca de 200 funcionários da companhia, o número atual é um desafio para atender os 218 aglomerados urbanos da capital mineira, conforme apontado pelo Censo Demográfico de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A mobilização inclui atos públicos em diferentes pontos da cidade. Nessa terça-feira (20 de maio), o grupo realizou uma manifestação em frente à sede da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Um novo protesto está previsto para esta quinta-feira (22), na Câmara Municipal.
Os servidores argumentam que a Urbel é responsável por implementar a Política Municipal de Habitação Popular e atender cerca de 25% da população de Belo Horizonte — aproximadamente 500 mil pessoas que vivem em vilas, favelas e aglomerados.
O trabalho, segundo eles, tornou-se ainda mais desafiador nos últimos anos, com o agravamento da violência em territórios vulneráveis, incluindo a presença de facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), que disputam áreas da capital.
“Hoje somos cerca de 200 funcionários. Não dá nem um trabalhador por aglomerado, vila ou favela. Precisamos recompor o quadro para fazer frente à quantidade de serviços. Os moradores e lideranças sabem o que significa o trabalho da Urbel”, afirma Ernesto os de Andrade, integrante do Sindicato dos Trabalhadores Ativos e Aposentados em Empresas de Assessoramento, Pesquisas, Perícias, Informações e Agentes Autônomos (Sintappi-MG).
Ainda segundo os trabalhadores, não houve avanços recentes em pontos como o plano de cargos, a progressão por escolaridade e a realização de novos concursos. A equivalência com a Câmara, segundo eles, se justifica pelo fato de ambas as instituições dependerem do orçamento do município.
O que diz a PBH
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que os servidores da Urbel estão em campanha salarial para a formalização do Acordo Coletivo de Trabalho referente ao período de 2025/2026. “Diversas reuniões de negociação já foram conduzidas com as entidades sindicais que representam as categorias”, afirmou a istração municipal.
A PBH acrescenta que, em consonância com as diretrizes do Comitê de Coordenação das Empresas Estatais (CCEE), aplicáveis a todas as empresas municipais, foi apresentada uma proposta que contempla reajuste nos salários e nas cláusulas econômicas, além da manutenção dos benefícios já existentes.