O Brasil poderá registrar neve em 2025 nos últimos dias de maio. A informação faz parte de simulações atmosféricas feitas por supercomputadores e analisadas pelo Instituto Climatempo, que apontou para a chegada de uma potente massa de ar polar continental que poderá provocar neve e geada em áreas do Sul do país.
Segundo o instituto, o fenômeno também deverá provocar queda acentuada nas temperaturas no Sudeste, Centro-Oeste e, até mesmo, na região Norte, com registros de friagem no Acre, Rondônia e sul do Amazonas.
A previsão indica que o frio deve avançar em dois pulsos: o primeiro entre os dias 27 e 30 de maio, e o segundo, mais intenso, entre 31 de maio e 1º de junho.
A combinação de ar gelado vindo do interior da América do Sul com a possível formação de um ciclone extratropical no oceano pode criar as condições necessárias para a ocorrência de precipitações invernais no Sul do Brasil.
Entretanto, de acordo com o Climatempo, as projeções são iniciais e podem sofrer "ajustes de rota" na próxima semana. "Essas variações são muito comuns e poderemos ter atraso ou um adiantamento da entrada do ar frio", afirma o instituto.
Além da neve, a massa de ar frio pode levar os termômetros a marcar temperaturas abaixo de zero em todas as áreas da região Sul.
Já nos estados do Centro-Oeste e Sudeste os valores podem ficar abaixo dos 10°C. Com isso, segundo o instituto, a geada pode ocorrer de forma ampla várias regiões do país e atingir intensidade suficiente para causar danos à agricultura.
A intensidade da massa polar é tamanha que há expectativa de novos recordes de temperatura mínima para o ano no país, possivelmente no início de junho.
Até agora, o menor valor registrado oficialmente em 2025 foi de -3,2°C, em São Joaquim (SC). Com o avanço da frente fria, esse número deve ser superado.
Além disso, a frente fria que carrega a onda de frio poderá estar associada a um ciclone extratropical, que provocará forte agitação marítima e ressaca no litoral da região Sul e parte do Sudeste.
"O deslocamento deste sistema pela costa da Argentina, do Uruguai e do Sul do Brasil poderá causar intensa agitação marítima, gerando grandes ondas pelo litoral da região Sul e em parte do litoral da região Sudeste do Brasil", complementa o Climatempo.